sexta-feira, 25 de maio de 2012

O Barqueiro - Parte I

Escrevi isso lá pelo final de 2009, acho que no Orkut. O.o

O Barqueiro remava pela escuridão enevoada das calmas águas que o cercavam, a chama fraca de uma lamparina como sua única guia. Atravessou a esmo a cortina negra da noite, sua frustração pela busca falha se intensificando, trazendo pensamentos negativos à sua mente:
"Não, eu não farei o que eles querem. Ao invés disso, tentarei estender minha existência ociosa e passivamente, até o ponto em que não mais poderei tolerar a coação de meus objetivos. Então chegará a hora de extinguir a chama, de uma vez por todas."
Olhou então para o espelho distorcido da água, o fluxo do tempo refletindo até suas retinas.
Atravessou o reflexo com os olhos, e percebeu que só lhe restava observar.
Pois ele era um barqueiro, e remar era só o que sabia.

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